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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


terça-feira, 28 de abril de 2015

A CAMPANHA


Se o Benfica for campeão. Se ganhar mesmo o bicampeonato. Há um risco que corremos a curto prazo e que nos pode prejudicar num futuro próximo. A saída do Lotopegui do Porto. Poderá ser a nossa vitória a nossa perdição? Pode. Quem nos poderá garantir um campeonato equilibrado, mesmo com o FCP a investir mundos e fundos? Com campanhas mais ou menos hábeis na comunicação social? Latepegui é incomparável. Falador, manhoso, trapalhão, incompetente. Para nós, perfeito. Diria mais, é um achado.

Não dever haver muitos Lotepaguis por aí. E falhar duas vezes num treinador também não é fácil. Não vejo outra hipótese do que uma campanha. Bem ardilosa. Que realce as qualidades humanas e técnicas do treinador. Admitir que fomos mesmo beneficiados pelas arbitragens e o Porto prejudicado. Um forte auto –convencimento que não houve o roubo ao Benfica em Braga e que as vitórias por 2, 3 e 4 a zero seriam derrotas se não fossem os árbitros. Quanto ao Porto, está claro que tem sido escorraçado pelas arbitragens semana sim, semana sim. É uma difícil narrativa? Vá lá, temos de salvar o Latapegui.

JL

quarta-feira, 22 de abril de 2015

SÍNDROMA BALDÉ


Há poucas semanas correram mundo e redes sociais as imagens de Baldé em versão “Panenka dos pobres” a falhar um penalty de forma absolutamente inacreditável, entre o cómico e o trágico.
A brincadeira do imberbe jogador com pretensões a estrela terá custado "apenas" a eliminação do Benfica da Youth Cup mas ficou a imagem de uma certa forma de estar no futebol por alguns dos nossos jovens: penteados exóticos, tatuagens a metro e obviamente tiques e toques de vedetas.
Quanto a provarem serem alguém no Benfica e no futebol, logo se vê.
Mais do que um símbolo, Baldé tornou-se uma síndroma.

Falemos agora de uma eterna promessa do futebol jovem do Benfica.
Pouco amigo de trabalhar mas ao que consta com hábitos de ave nocturna, o rapaz tem pinta e pose de estrela, pelo menos desde os tempos de júnior.

A época passada andou por terras de França e entradas de leão com meia-duzia de golos deram em declarações parvas sobre Tacuara, o Benfica e Jorge Jesus.
Tudo acabou como sempre: saídas de sendeiro.

Esta época para não variar, acabou por sair e lá tem andado por terras de Sua Majestade a aquecer bancos e bancadas numa poderosa equipa galesa.
Para desgosto de determinada imprensa e de um ego maior do que o mundo, o rapaz nem jogava nem falava.

A fim do segundo(!) jogo como titular, a coisa deu-se e a jovem estrela despertou para a vida e para as inevitáveis entrevistas.

Nélson Oliveira, símbolo maior da “síndroma Baldé”.


                                                                    


RC 


terça-feira, 21 de abril de 2015

ESCARRO ON LINE

Eis o Escarro.
Perdão: o Expresso.

E pensar que há quem diga mal do Correio da Manhã,,,

RC

VIEIRA VAI FICAR NA HISTÓRIA



Os tipos que decidem os equipamentos do Glorioso podem ser licenciados por universidades de nomes pomposos, situadas em grandes cidades europeias, podem ter vindo dos Estados Unidos, cheios de mestrados e pós- graduações, de estágios em grandes empresas líderes de mercado e coisa e tal. Podem fazer os estudos de mercado que quiserem, apresentar os estudos de caso que conseguirem, mostrar um sem número de observações efetuadas que lhes permita garantir resultados infalíveis. Podem até acertar e o Benfica vender milhares de camisolas. Contudo, com esta camisola, uma coisa não vão conseguir, que Luis Filipe Vieira fique na história do clube, por outra razão que não seja como o presidente que deixou o Benfica equipar às riscas. 

Esta gente não sabe o que é o Sport Lisboa e Benfica 


JL

domingo, 19 de abril de 2015

DO ANDEBOL

Esta equipa de andebol está a mais no Benfica ou o Benfica é simplesmente de mais para esta equipa de andebol?

Sinceramente nem como com todo o benfiquismo e boa vontade do mundo se entende tanto acidente de percurso, tanto percalço, tanto “azar”.


Tanta derrota.


RC

NÓS, AS PÉROLAS E OS PORCOS


 A história vai-se repetindo pelos estádios deste país: uma vez mais enchemos os cofres alheios, uma vez mais fomos tratados que nem animais.

A entrada para a cabeceira norte do Restelo constituiu algo absolutamente inenarrável, digna de qualquer país de terceiro-mundo.
Bem mais de uma hora entalados entre duas alas formadas pelo corpo de intervenção, entre empurrões e confusão: foi esta a forma como o Belenenses recebeu milhares de adeptos do Benfica.
Enquanto isso, as equipas entraram, o jogo começou e Jonas marcou o primeiro.
Para muitos de nós, o jogo começou aos 10 minutos, ao quarto de hora, aos vinte minutos.

E assim vamos sendo recebidos pelos estádios(?) deste malfadado país, cheio de gente incompetente, mesquinha, pequena, miserável.
Foi assim em Arouca, em Vila de Conde, no Restelo (e são só exemplos…): os porcos ficam com as pérolas e mordem a mão que os alimenta.

 A regra é complicar, humilhar, irritar e provocar, tratando os pagantes como gado para abate.
A tudo isto a Liga fecha os olhos ou pior ainda: nomeia um mentecapto para provedor do adepto.

E a coisa faz-se: vamos esbanjando pérolas com porcos, enchendo estádios e cofres num país desportivo que não merece um clube com a dimensão do Benfica.



RC

sábado, 18 de abril de 2015

HAVERÁ ALGUMA DIGNIDADE?


O anonimato na internet, em blogues por exemplo, é até aceitável, mesmo existindo uma relação desequilibrada entre a desresponsabilização e a liberdade. Um jornal, especialmente nestes tempos em que o valor do papel escrito está em declínio acentuado, tem de ter outras responsabilidades. Tratando-se do semanário Expresso, uma instituição com três décadas, essa garantia é ainda maior. Conspurcar as suas páginas com cretinismos é o mesmo que grafitar o Mosteiro dos Jerónimos.

A notícia anónima que hoje o Expresso publica e dá grande destaque, fazendo uma chamada na sua primeira página - na primeira página, realço - é do mais profundo chiqueiro tipográfico dos últimos anos. Em primeiro lugar, não vem assinada. Nem com simples iniciais. Não se trata de uma chamada de pé de página, nem uma entrada humorística da coluna “gente”. Houve investigação? Houve fontes? Houve confirmação oficial do clube? Quem é o responsável? Provavelmente deve ser da mesma autoria das notícias que quinzenalmente surgem neste semanário sobre as dificuldades financeiras do Benfica.

Acresce que a notícia é de uma imbecilidade atroz. Fala de um hino de campeão 14/15 e fala de uma nova versão do hino escrito por Paulino Gomes Júnior. Só quem não conhece a letra. De resto, refere que algumas pessoas foram convidadas para trabalhar num tema musical alusivo ao clube. Algo que por acaso acontece todos os anos, seja o Benfica campeão ou não.

Mas mesmo que fosse verdade, mesmo que o Benfica tentasse antecipar a produção do tema da próxima época para que, caso o campeonato nos sorrisse, o aproveitar, que importância tem este facto para vir com tanto destaque no mais importante jornal generalista do país? A título de exemplo, o destaque é igual às próximas presidenciais, às movimentações jiadistas em Portugal e às novas sobre o caso José Sócrates.

Como provavelmente podia não chegar, a “coisa” é rematada com uma página inteira sobre a questão da utilização ou não dos emprestados frente ao seu clube de origem. Algo que vem acontecendo desde o início da época e como já foi explicado no post anterior é uma falsa questão. No entanto, este é o momento. Uma página, inteira, realço.

Estas publicações cirúrgicas não são inocentes, nem ocasionais. Esta é a semana decisiva. Se viesse do lado do Record ou do Jogo ainda se compreendia, ou pelo menos não surpreendia. Que a maltinha que tem o privilégio de escrever no Expresso sobre desporto é cega pelo azul também já se sabia. Contudo, este descarado ataque, esta pressão desmesurada sobre uma equipa que apesar de ter feito um menor investimento está liderar o campeonato é totalmente incompreensível. Mais, é vergonhosa e indigna.

Estes tipos, quando nalgum evento social referem a sua profissão, devem dizê-lo com um sorriso nos lábios - “Sou jornalista”. Mas o sorriso deve se desvanecer rapidamente, porque lá no fundo, sabem que entre eles e as mulheres que passam frio, encostadas ao muro do Técnico é apenas uma questão de temperatura ambiente.

JL

O DONO DO CÃO


Nesta história dos jogadores do Belenenses que não jogam contra o Benfica há culpados e vitimas. Vitima não é o Belenenses que bem tem beneficiado da ajuda do Benfica nestes anos de vacas magras. Culpado não é o Benfica que se limitou a responder positivamente aos pedidos da SAD do restelo.  Depois há os aproveitadores, cujo um regulamento idiota que lhes permite todo tipo de suspeitas. Que diriam da vitória do Benfica se os jogadores emprestados tivessem todos em campo? Ainda na semana passada Rafael Guzzo, emprestado pelo Benfica ao Chaves, falhou aos 93 minutos um penalti que daria vitória dos transmontanos sobre o Benfica B.

Estes Rosas, Dácios ou Fontes podem ser jogadores interessantes, mas tenho quase a certeza que o seu futuro não passará pela equipa principal do Benfica. Quem lê e ouve, parece que são novos Maradonas e os que vão entrar são alguns pernetas. Podemos dizer que nos estamos a colocar a jeito? De modo algum, eramos presos pela posse do cão e pela sua ausência. O ódio cega e cria gente estupida.

JL

 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

QUEM DESCURA PORMENORES…

 A quase sobreposição do jogo de futebol com o de hóquei em patins revela, no mínimo, pouco cuidado da estrutura do Benfica. Pode ainda ser sinal de duas coisas, que a SAD está, a nível organizativo, de costas voltadas em relação ao clube ou que a secretaria desportiva trata a questão dos horários dos jogos das modalidades com os pés. Ambas a hipóteses são credíveis à luz de acontecimentos recentes. O Benfica está melhor, tem crescido, as suas equipas são cada vez mais competitivas, mas há muito para limar e …limpar. Colocar os adeptos a correr do Restelo para Luz e arriscar um passeio da equipa do Tó Neves com as bancadas pouco compostas parece-me um panorama próprio de um clube sem estratégia. Por melhor que seja a tática.




JL



 
 

 

terça-feira, 14 de abril de 2015

GANHAR O FUTURO

Já se sabia que abril era mês de decisões mil. Este sábado, em particular, vai ser uma etapa decisiva para o hóquei e para o futebol. Descontando as abissais diferenças de dimensão, há um certo paralelismo entre estas duas modalidades. Em ambas, em meados dos anos oitenta, o FCP segurou um poder quase sem contraditório, o Sporting desapareceu das decisões e o Benfica foi um resistente pontual. Nas duas sentiu-se à descarada que as decisões não eram tomadas no relvado ou no ringue. Tanto numa, como noutra, sente-se agora uma mudança. Contudo, estas coisas estão quase calcinadas, parecendo impossível alterações de rumo. São ilusões com que nos querem cegar. Não devemos esperar facilidades, nem hoje, nem amanhã, mas nunca devemos desistir. Se olharmos demasiadamente para o passado, perdemos o futuro.

JL

domingo, 12 de abril de 2015

SE DÚVIDAS HOUVESSE


Nem foi há um mês. O Glorioso deslocou-se a Vila do Conde. O estádio encheu. Muita gente ganhou dinheiro. Desde o clube local aos comerciantes que pululam nestes eventos. Houve festa. De início. O Benfica perdeu o jogo, muita gente com isso perdeu um melhor negócio, mas não houve nenhuma tragédia.
Vila do Conde é uma estação do chamado metro do Porto. Está, talvez, para o Dragão como o Sr. Roubado está para o Colégio Militar. Hoje o FCP foi lá jogar. Olhei de esguelha na roulotte para a TV e vi muitas cadeiras verdes vazias. O FCP, que disputa a Liga dos Campeões, que vai lançado para ultrapassar o Benfica, que domina o nosso futebol nos últimos trinta anos, não consegue encher os Arcos. Qualquer andrade, nascido e criado na cidade invicta, podia ver o jogo e ainda ir jantar a casa.
Se dúvidas houvesse sobre a capacidade de mobilização de cada um dos clubes, da motivação da sua massa adepta, estaríamos totalmente esclarecidos. A vitória final no campeonato será daquele que melhor lidar com a pressão. E neste particular, infelizmente, diz-nos o historial que não estamos em vantagem. Contudo, há algo que ninguém nos tira, a verdadeira emoção de acompanhar este clube. Seja na Luz, seja em qualquer lugar do Mundo. Não é uma dádiva, é justiça divina.

JL

domingo, 5 de abril de 2015

DÚVIDAS NO FIM DO RECITAL


Joga-se à bola no relvado da Luz como em nenhum outro em Portugal. Joga-se à bola como há muito não se via. Uma verdade incontestável. Jonas, Gaitan e Sálvio numa primeira linha. A restante equipa ajuda. A grande dúvida que nos atormenta, benfiquistas, é o porquê desta equipa só aparecer em casa. O que se passará nos jogos fora? O ambiente é assim tão adverso? Os milhares de Benfiquistas que enchem os estádios por esse país não os fazem sentir em casa? Não vamos jogar quase em casa no restelo? A nota artística caseira chegará para o 34?

JL

quinta-feira, 2 de abril de 2015

AS “VERDADES INCONTESTÁVEIS” DO FUTEBOL PORTUGUÊS


Para os entendidos é incontestável que qualquer jogador que fale português de berço, mesmo que tenha nascido em Bissau, Campinas ou Alcoentre, é um potencial mago da bola. Então se compararmos com um sérvio, mesmo internacional, o luso ou descendente de luso torna-se automaticamente um potencial aspirante a Maradona. Existe inclusive um campeonato de jogadores que são selecionados. Não há taça, não dá acesso a ligas europeias, mas o vencedor tem lugar no Olimpo dos jornais desportivos.

Outra verdade incontestável do nosso futebol é o potencial infinito da juventude. As camadas jovens em Portugal não chegam a ter futuro, o presente é imediato. Um clube que não aposte nos seus jovens é um clube acabado, à beira da falência, pior, é um clube imoral, é a vergonha do desporto nacional.

O curioso é que o clube que mais apostou nas suas camadas jovens, nos últimos 10, 20 ou 30 anos, praticamente não ganhou nada. Em Portugal e na Europa. Em contraponto, o FCP, que talvez seja quem aposta menos, tem dominado quase na totalidade a modalidade no último quarto século.

Os factos têm destas coisas, são teimosos. Mas não são mais teimosos que os entendidos. Estes, com a força da sua verdade, vão continuar a tentar empurrar o Benfica para uma crescente Sportinguinzação. As parangonas de hoje nos jornais, dois deles em bela sintonia, representam a habitual estratégia concertada para a fragilização competitiva do clube. Se calhar têm de nascer 10 vezes para o conseguirem.



JL